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A 15ª edição do Uma Tarde no CAU/RS transmitido pela Rádio Arquitetura contou com a presença do conselheiro Alberto Cabral, da Comissão de Organização e Administração do CAU/RS, e do arquiteto e urbanista Klaus Bohne, da Tria Sistemas de Arquitetura.
O programa abordou o tema Sustentabilidade na Arquitetura com ênfase nos processos construtivos. Cabral destacou que a Sustentabilidade começa com a Tecnologia de Produção dos Materiais. O tijolo, por exemplo, muito utilizado na construção civil, pode ser mais ou menos sustentável, dependendo do seu processo de produção e utilização de mão-de-obra. Do mesmo modo, o alumínio tende a ser menos sustentável pelo alto gasto de energia.
Bohne comentou como estreitou sua relação profissional com critérios e padrões de sustentabilidade. Foi em uma viagem realizada para a Alemanha na década de 80 que Bohne, então com 24 anos, deparou-se com preocupações ecológicas. O acidente nuclear com a Usina de Chernobil mobilizou o mundo e também a Europa, onde se encontrava. “Eu via as pessoas na feira medindo os níveis de radiação dos alimentos. Era algo impressionante”, relembra.
O arquiteto seguiu com suas pesquisas e viagens para a Alemanha, país que investe em estudos acerca de residências autossustentáveis, e especializou-se em eficiência energética. Bohne comentou sobre o padrão Passive House (“Casa Passiva”), desenvolvido pelo alemão Wolfgang Feist e pelo sueco Bo Adamson. O movimento, centrado na organização PassivHaus Institute, já tem ramificações em todo o mundo.
As PassivHaus são edifícios com níveis de elevado isolamento e selagem térmica, projetados para reduzir as perdas e ganhos de calor. Em outras palavras, os ganhos ou as perdas indesejadas de calor por via das paredes, das janelas, dos sótãos ou dos pisos de qualquer edifício construído convencionalmente são em grande parte eliminados por via dos altos níveis de isolamento térmico e das janelas supereficientes, dimensionadas de acordo com o lado da casa: ao mesmo tempo sombreadas e expostas ao sol do inverno. O interior térmico do edifício fica blindado face ao exterior.
Além das Casas Passivas, os sistemas de produção de energia e instalações hidráulica foram comentados. A utilização de lâmpadas LED e até o tipo de vaso sanitário têm influência na redução do consumo de energia elétrica e de água.
Por fim, os convidados salientaram que os profissionais devem batalhar pela sustentabilidade. Ela beneficia o meio ambiente e o usuário em prol da qualidade das edificações, entre permanência e durabilidade. “É importante termos essa visão de longo prazo”, salientou Bohne. Cabral complementou: “Além disso, precisamos utilizar conceitos tecnológicos. Os castelos medievais estão de pé até hoje, mas não conseguimos mais morar dentro deles”.
Soluções passivas dependem de um bom projeto e são fruto de uma demanda social dos consumidores por qualidade de vida.
Galeria
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Ouça | 15ª edição | 15/06/2016
Convidados: Klaus Bohne (Tria Sistemas de Arquitetura) e conselheiro Alberto Cabral (CAU/RS)
Uma Tarde no CAU/RS
- Quarta-feira, ao vivo, das 15h30 às 17h
- Transmissão: Rádio Arquitetura, a rádio das mentes criativas
- WhatsApp: (51) 8211-9741
3 respostas
Prezados,
Já há uma associação oficial Passiv Haus no Brasil: a Casa Passiva Brasil, sediada no Rio Grande do Sul. Inclusive há evento com convidados nacionais e internacionais programado para o segundo semestre.
Vamos adorar receber a programação para divulgar nos canais do Conselho, Carlos! Escreva para comunicacao@caurs.gov.br quando tiver novidades! Obrigada.
Excelente informação Carlos Krebs. Aguardamos divulgação do evento e da associação Passivhaus.
Grato,