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A cada 20 anos, desde 1976, a Organização das Nações Unidas (ONU) promove a Habitat, conferência internacional para discutir e propor diretrizes para as questões de habitação e desenvolvimento sustentável das cidades. A primeira foi em Vancouver (Canadá), em 1976, e a segunda em Istambul (Turquia), em 1996. A Habitat III será realizada de 17 a 20 de outubro em Quito (Equador), primeira cidade declarada Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO, em 1978, por ter o centro histórico melhor conservado e menos alterado de toda América Latina.
A escolha não deixa de ser emblemática. Cercada por vulcões ativos e frequentemente ameaçada por terremotos, a sobrevivência de Quito é tão paradoxal como a de tantas outras cidades mundo afora. Em especial as metrópoles e as cidades de sua constelação, marcadas por problemas de mobilidade, déficit habitacional, infraestrutura insuficiente, segregações sociais, alto consumo de energia, escassez de água, especulação imobiliária, serviços de saúde e educação excludentes, crescente trabalho informal, problemas ambientais e planejamento intermitente. O enfrentamento desse quadro de caos é o objetivo da Nova Agenda Urbana a ser aprovada na conferência.
O CAU/RS estará presente no evento representado pelo Presidente em Exercício Joaquim Haas e pelo conselheiro Alberto Fedosow Cabral.
Nova Agenda Urbana
Um lugar socialmente justo e seguro, em que “ninguém fique para trás”; economicamente vibrante, com oportunidades para todos; ambientalmente comprometido com os esforços para mitigar as mudanças climáticas, com um estilo de vida harmonioso com a natureza e com capacidade própria para superar adversidades. Essa é a visão ideal de cidade proposta pela Nova Agenda Urbana, ou “Declaração de Quito por Cidades Sustentáveis Para Todos”, a ser aprovada oficialmente por 170 países membros da ONU na Habitat III.
“A urbanização é uma das maiores tendências transformadoras do século XXI”, diz a UN Habitat, organismo da ONU dedicado aos problemas dos chamados assentamentos humanos. Atualmente, as cidades ocupam aproximadamente apenas 2% do território da Terra, mas concentram 54,5% da população mundial, ou 4 bilhões de pessoas. Hoje, 428 cidades mundiais têm população acima de 1 milhão de habitantes. Por volta dos anos 2050, a população urbana global deverá quase dobrar, pois as cidades concentram cada vez mais as atividades econômicas, sociais e culturais.
A Nova Agenda Urbana reconhece que, apesar dos avanços verificados na qualidade de vida de milhões de habitantes de cidades desde as conferências anteriores (Vancouver, 1976; Istambul, 1996), bem como a adoção das diversas resoluções da ONU sobre meio ambiente, desenvolvimento sustentável, mudanças climáticas e prevenção de riscos, ainda há muito o que fazer.
As múltiplas formas de pobreza permanecem, as desigualdades crescem e as cidades são as responsáveis pelos maiores impactos ambientais, ao consumirem mais de 60% da energia global e apresentarem índices em torno de 70% em termos de emissões de gás carbono e de produção de resíduos sólidos.
Uma resposta
Boa Noite, felizmente há uma solução para o problema de consumo de energia e produção de gás carbono e a produção de resíduos sólidos, solução esta no biodigestor que pode processar os rejeitos resultando na produção de energia diminuição do gás carbono, que após o processamento sobra o fertilizante.