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A 12ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo consiste em duas exposições que ocuparão dois edifícios-manifesto do cotidiano de São Paulo: Todo dia, no Sesc 24 de Maio (2017, Paulo Mendes da Rocha e MMBB), de 10 a 29 de setembro de 2019, e Arquiteturas do cotidiano, no Centro Cultural São Paulo (1982, Eurico Prado Lopes e Luiz Telles), de 13 de setembro a 8 de dezembro.
A proposta curatorial da 12ª BIA, sob o título Todo dia, propõe destacar o protagonismo do cotidiano – a dimensão mais trivial da realidade – na Arquitetura e no Urbanismo no século XXI. “O poder discreto do cotidiano está em sua capacidade de traduzir o modo como habitamos, utilizamos recursos naturais, e mantemos o espaço, em práticas comuns, que fazem do projeto algo relevante e uma preocupação compartilhada”, afirmam os curadores desta edição, Charlotte Malterre-Barthes, Ciro Miguel e Vanessa Grossman.
“A compreensão das cidades contemporâneas a partir das pessoas, dos seus diferentes cotidianos, histórias, revela um conjunto de singularidades e reincidências, entre elas desigualdades e violências que imprimem um senso de urgência, demandam ações concretas, em diferentes escalas, para enfrentar o desafio primordial da vida em sociedade: a dimensão civilizatória. Refletir sobre isso é a missão desta edição da Bienal, primeira definida a partir de um concurso internacional de curadoria”, explica Fernando Túlio Salva Rocha Franco, presidente do IAB SP.
A 12ª BIA está estruturada em torno de três eixos temáticos: Relatos do cotidiano – examina as inúmeras maneiras pelas quais arquitetos e outros profissionais relacionados reinterpretam o dia-a-dia, relatando histórias reais ou fictícias ligadas à produção do espaço, que vão de sutilezas poéticas do todo dia à revelação das violências, crises e desigualdades que atingem, diferentemente, os sujeitos em seus cotidianos; Materiais do dia a dia – aborda a crescente conscientização e o engajamento crítico de arquitetos, paisagistas e urbanistas em relação a diferentes processos envolvendo recursos cotidianos, tanto em contextos urbanos quanto rurais, na era do Antropoceno; e Manutenções diárias – explora a manutenção da arquitetura e da cidade, assunto que tem ganhado atenção sobretudo nos debates teóricos e na pesquisa tecnológica atual no mundo, mas que ainda é incorporado de forma insuficiente à produção arquitetônica.
Programação imperdível!
Para a exposição Todo dia, dez equipes foram convidadas para produzir uma rede de dispositivos (intervenções) distribuídos no espaço deste edifício-manifesto, cada um acionando uma programação específica (debates, palestras etc.). Segundo os curadores, como uma cidade dentro de uma cidade, o edifício não só ampara mas amplifica a imprevisibilidade do cotidiano do centro de São Paulo. “Diariamente, cerca de 10.000 pessoas sobem e descem suas rampas para comer, brincar, dançar, passear, nadar, correr, jogar, conversar, usar o banheiro, ir ao dentista, ler, escrever, aprender, ensinar, criar, tomar sol ou simplesmente dormir. Aqui, o todo dia é trivial, palpável e envolvente”, completam.
Da esquina do Sesc 24 de Maio ao banheiro, os dez dispositivos se locam em outros espaços comuns do edifício incluindo o térreo, rampas, escada de incêndio, área de convivência, e piscina. Fazem parte das equipes Adamo-Faiden (Argentina) + Vão (São Paulo), Andrés Jaque/ Office for Political Innovation (Espanha / Estados Unidos), Andrés Sandoval (São Paulo), Bêka e Lemoine (Itália/França), Bruther (França), Concreto Rosa (Rio de Janeiro), Edelaar Mosayebi Inderbitzin Architekten (Suíça), Universum Carrousel Journey – Studio Jan de Vylder (Bélgica), Wellington Cançado (Belo Horizonte) e Wolff Architects + Hélio Menezes (África do Sul / Salvador).
Para informações sobre os dispositivos e biografias dos arquitetos clique aqui. Uma programação complementar de conferências, debates e workshops relacionados com os temas abordados pelos dispositivos, seguindo os três eixos curatoriais, pode ser conferida aqui.
Já Arquiteturas do cotidiano reúne projetos bem como experimentos em arquitetura, urbanismo e paisagismo de diferentes escopos e escalas que tentam reimaginar como o cotidiano molda nosso mundo. Um júri internacional avaliou 710 inscrições enviadas de 52 cidades do Brasil e 101 cidades de 30 países. Foram selecionados 74 trabalhos. Para uma descrição detalhada de cada um, clique aqui.
Durantes os três meses da Bienal, o CCSP também contará com um programa de debates, conferências, workshops e publicações. A programação de setembro pode ser conferida aqui.
#AnotaAí:
Exposição Sesc 24 de Maio – Todo dia
Abertura: 10 de setembro, às 11h
Encerramento: 29 de setembro
Rua 24 de Maio, 109, Centro, São Paulo
Funcionamento: Terças a sábados, das 9h às 21h | Domingos e feriados, das 9h às 18h
Exposição Centro Cultural São Paulo (CCSP) – Arquiteturas do cotidiano
Abertura: 13 de setembro, às 16h
Encerramento: 8 de dezembro
Rua Vergueiro, 1000, Paraíso, São Paulo
Funcionamento: Quarta a Domingo, das 10h às 18h | Terça das 10h às 20h