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No dia 02 de dezembro, no Museu de Arte de Lima, no Peru, a XIII edição da Bienal Iberoamericana de Arquitetura e Urbanismo (BIAU) concedeu o prêmio na categoria “Publicações” ao livro Arquitetura x Escassez: na produção contemporânea em território latino-americano.
Publicada pelo CAU/RS em 2022, a obra é uma dissertação de mestrado desenvolvida pelo arquiteto e urbanista Cássio Sauer para o Programa de Pesquisa e Pós-Graduação em Arquitetura (PROPAR). A proposta da edição XIII da BIAU foi “CLIMAS: Ações para o bem viver”. Os trabalhos premiados foram escolhidos através da reflexão sobre o desafio de construir sociedades mais justas e igualitárias em um mundo que atravessa uma crise de múltiplas facetas. A premiação também discute o avanço da degradação ambiental, a crise de ordem política, socioeconômica e cultural, que se deu como um habitat marcado pela precariedade, onde o acesso à habitação é cada vez mais limitado.
Com orientação de Fernando Fuão e banca examinadora composta por Luciana Marson Fonseca, Sérgio Marques e Guilherme Wisnik, o livro é fruto de uma pesquisa iniciada na pós-graduação com Álvaro Puntoni e Fernando Viegas, desenvolvido no mestrado da FA/UFRGS e de reflexões a partir da prática profissional no Estúdio de arquitetura fundado por Cássio Sauer e Elisa T. Martins, com sede em Porto Alegre.
A publicação se dedica, a partir de uma produção contemporânea (2001-2016) em território latino-americano que se destaca, principalmente, pela qualidade arquitetônica e por estar ligada intrinsecamente com as limitações características dos países periféricos, ao estudo inicial deste fenômeno, propondo um panorama prático-teórico, buscando compilar suas principais obras e delimitar suas características, discursos e estratégias. Baixe e leia o livro completo:
Sobre o prêmio
A XIII BIAU Climas recebeu um total de 879 propostas em suas diferentes categorias, abrangendo 21 países ibero-americanos. Os projetos foram avaliados por uma equipe composta por 25 jurados e curadores de 11 países da Ibero-América, além de representantes da equipe comissarial, da Fundação Arquia, do Ministério de Transportes, Mobilidade e da Agenda Urbana do Governo da Espanha e do Conselho Superior dos Colégios de Arquitetos da Espanha (CSCAE).
A seleção dos finalistas e vencedores avaliou os projetos pela sua qualidade e impacto, de acordo com as três abordagens temáticas propostas pela equipe do comissário, cada uma delas centrada em diferentes aspectos da relação entre o clima e a prática arquitetônica, territorial e urbana.
Para a escolha dos vencedores, se avaliou a capacidade dos projetos para abordar os desafios específicos de cada clima – ambiental, político e socioeconômico – com foco no bem viver e na vivência, assim como sua contribuição para a criação de ambientes sustentáveis, inclusivos e culturalmente diversos.