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Proposta de criação da Comissão Temporária de Ações Afirmativas foi aprovada por unanimidade no Plenário.
Na última sexta-feira (30), o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/RS) realizou a 136ª Reunião Plenária. Além da apresentação de balancetes e do resultado da Convenção de Planejamento de 2022, a pauta destaque do dia foi a realização do seminário sobre Equidade, Diversidade e Inclusão.
A apresentação contou com a presença de convidadas especiais: as conselheiras federais do CAU/CE, Cláudia Alcântara, e do CAU/PB, Camila Leal Costa; a presidente do Conselho Regional de Psicologia (CRP/RS), Ana Luiza de Souza Castro; e a Defensora Pública Assessora do Gabinete de Assuntos Jurídicos, Flávia Rumi Steinbruch. Participaram também o conselheiro federal eleito pelo Rio Grande do Sul, Ednezer Rodrigues Flores, e o presidente do IAB RS e coordenador do CEAU-CAU/RS, Rafael Passos.
A conselheira Carline Carazzo, que além de participar do Grupo de Trabalho de Gênero do CAU/RS integra a vice-presidência de Equidade Racial e de Gênero do Fórum dos Conselhos e Ordens das Profissões Regulamentadas do Estado do Rio Grande do Sul, resgatou um histórico de iniciativas do Conselho voltadas à questão de gênero e raça, destacando a importância da continuidade do trabalho previamente realizado pela CTEG, abrangendo também os temas da diversidade e da inclusão. “É a diversidade que faz um órgão representativo de fato”, apontou Carline.
Cláudia Alcântara abordou o racismo estrutural ao ler a Carta pela Equidade e Diversidade. Em um trecho, a conselheira federal enfatiza que “o racismo estrutural tem sido uma ideologia que opera como um dos pilares de sustentação das desigualdades, configurando-se como uma grave violência estrutural e institucional presente na sociedade”. Clique aqui para ler o conteúdo da carta na íntegra.
Na sequência, Camila Leal Costa destacou a necessidade de políticas afirmativas, falando sobre o perfil do profissional de Arquitetura e Urbanismo no país: 65% são mulheres, dos quais 45% têm até 35 anos. “Precisamos de ações propositivas, se realmente quisermos mudar algo. Temos muito a discutir, não só a respeito da criação dos espaços, mas de que forma nos manteremos neles”, complementou a vice-presidente do CAU/RS, Andréa Hamilton Ilha.
Em sua fala, Ana Luiza Castro, afirmou sobre a necessidade de criar comissões permanentes em conselhos profissionais, que abordem questões de raça e gênero, entre outros temas. “O preconceito faz a gente inviabilizar as pessoas”, disse. Para Flávia Steinbruch, o debate sobre equidade é intrínseco ao trabalho da Defensoria Pública. “A defensoria segue sempre na batalha pelo direito de todos e todas”, destacou.
Ao término do seminário, os conselheiros presentes compartilharam experiências próprias sobre racismo e homofobia. O presidente do CAU/RS, Tiago Holzmann da Silva, decretou que “a luta feminista e anti-rascita é de todos”. Para encerrar a pauta do dia, foi homologada a proposta de criação da Comissão Temporária de Ações Afirmativas, cujo plano de trabalho e integrantes deve ser definido nas próximas semanas.
2 respostas
essa sociedade… nossa profissão, outras idem… uma colcha de retalhos…pedaços mal costurados…sempre achei que todos eram iguais…ao menos sempre fiz assim.
essa sociedade… nossa profissão, outras idem… uma colcha de retalhos…pedaços mal costurados…sempre achei que todos eram iguais…ao menos sempre fiz assim.