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CAU/RS promove o encontro da arquitetura com a literatura na Feira do Livro de Porto Alegre

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Terminou no domingo (19/11) a 63ª Feira do Livro de Porto Alegre. Nesta edição do evento, realizado anualmente na Praça da Alfândega, o CAU/RS marcou presença em diversas atividades da programação. Em seis dias diferentes, a Arquitetura e Urbanismo foi pauta na Feira, dialogando com a literatura e promovendo uma atuação profissional mais reflexiva e interdisciplinar. Nos dias de atividades, a equipe do CAU Mais Perto também estava presente, levando ao evento a mesma qualidade de atendimento encontrada na sede do Conselho.

Nos dias 6, 10, 14 e 15 de novembro aconteceram os debates “Arquitetura do Imaginário”, conduzidos pela arquiteta e urbanista e escritora Liana Timm, juntamente aos escritores gaúchos Carol Bensimon, Monique Revellion, Altair Martins e Samir Machado de Machado. Os bate-papos envolveram desde a trajetória de cada autor e suas referências literárias, até a reflexão sobre possíveis relações entre o processo de criação na escrita e na arquitetura.

Carol Bensimon e Liana Timm participam do debate “Arquitetura do Imaginário”. Foto: CAU/RS

Carol Bensimon, autora de obras como “Sinuca embaixo d’água” e “Todos nós adorávamos caubóis”, conversou também sobre o futuro das editoras e das publicações, o boom dos audiolivros, e-books e podcasts. Para ela, esses novos recursos têm o potencial de tornar a literatura ainda mais acessível. Sobre a relação entre literatura e arquitetura, afirmou: “Os locais tem protagonismo nos livros. Em alguns casos, a casa é também um personagem. Busco inspiração na cidade. São lugares reais que se desenvolvem no imaginário da ficção”.

Monique Revillion e Liana Timm na Feira do Livro de Porto Alegre. Foto: CAU/RS

A escritora, jornalista e professora Monique Revellion circulou por diversos assuntos, apontou Clarice Lispector como uma grande fonte de inspiração literária, e falou sobre a mágica da leitura. Segundo ela, livros propiciam encontros entre escritores e leitores que não se conhecem, na medida em que cada um reformula o significado da obra conforme suas experiências.

Altair Martins e Liana Timm participam do debate “Arquitetura do Imaginário”. Foto: CAU/RS

Altair Martins comentou que seu processo de escrita envolve um amplo trabalho de pesquisa, incluindo pesquisas de campo para mapear as localizações geográficas que serão cenários de seus contos. “Acho que tem muito a ver arquitetura e literatura. Na área da linguagem, podemos inventar, mas ela tem que se sustentar de alguma maneira. As pessoas pensam que a inspiração cai em cima da gente e só escrevemos. Mas na verdade, a artesania faz parte do trabalho do escritor”, afirmou.

Samir Machado de Machado e Liana Timm durante debate “Arquitetura do Imaginário”. Foto: CAU/RS

O escritor, designer gráfico e roteirista Samir Machado de Machado, que trabalha muito com literatura histórica, ressaltou também a pesquisa que realiza para escrever os livros. Além de se preocupar com a compatibilidade da linguagem conforme a época em que se passa a história, Samir também procura levar em consideração a estética da cidade e elementos como as roupas, comida e pinturas relacionadas com o ambiente literário.

Crianças participam da oficina de casinha de papelão durante a Feira do Livro. Foto: CAU/RS

Além dos debates com escritores gaúchos, o CAU/RS realizou também uma atividade na programação infantil da Feira: a oficina de casinha de papelão, conduzida por Alessandra Lago, do estúdio de design Alma Gorda. A proposta foi apresentar às crianças a arquitetura e a ideia de construção de espaços de forma lúdica e divertida.

Eduardo Bimbi, Ivan Mizoguchi, Julio Posenato, Daniel Tochetto e Charles Pizatto no Sarau dos Arquitetos. Foto: CAU/RS

Ocorreu também o “Sarau dos Arquitetos” com Daniel Tochetto, Ivan Mizoguchi, Charles Pizatto e Julio Posenato, autores dos primeiros livros das Coleções CAU/RS, que conversaram com a plateia sobre suas publicações.

Confira nos links abaixo a íntegra dos debates “Arquitetura do Imaginário”:

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