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Destaques da pesquisa “Entendendo o quadro de atuação do arquiteto e urbanista no Rio Grande do Sul”

Síntese da pesquisa foi apresentada durante a 158ª Plenária, no mês de julho, e em breve será divulgada aos profissionais
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Realizada com recursos do Edital de Pesquisas Acadêmicas do CAU/RS, o projeto “Entendendo o quadro de atuação do arquiteto e urbanista no Rio Grande do Sul” consultou dados do SICCAU, Censo CAU 2020, IGEO e INEP para traçar o perfil profissional no estado. O trabalho foi desenvolvido por uma equipe da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, sob coordenação das professoras Eugenia Kuhn, Geisa Rorato e do professor Bruno Mello.

O produto final foi dividido em três cadernos: Perfil e atuação do arquiteto e urbanista no RS, Perfil e atuação do jovem profissional arquiteto e urbanista no RS e Perfil e atuação da mulher arquiteta e urbanista.

O estudo será disponibilizado em breve na íntegra. Confira alguns recortes preliminares:

ONDE ESTÃO OS PROFISSIONAIS GAÚCHOS

A maioria dos profissionais(51%) está na região de Porto Alegre, onde também se concentra o maior contingente profissional com vínculo formal de trabalho (61%) e 55% das empresas ativas no estado.

Depois da capital (42%), Caxias do Sul é a região com maior crescimento do número de profissionais diplomados (19%). A grande maioria dos recém- egressos no período vieram de instituições privadas (84%). A região de Passo Fundo foi a que teve maior crescimento no número de recém-formados registrados do CAU e que teve o mais expressivo crescimento no número de profissionais ativos ao longo do período (191%).

 

ENSINO

A progressão do número de profissionais formados acompanha a proliferação das graduações na área. Em 2012, o estado gaúcho tinha 26 cursos de Arquitetura e Urbanismo, todos na modalidade presencial. Esse número saltou para 244 em 2022, sendo apenas 46 presenciais (19%) e 198 na modalidade de ensino a distância – EAD (81%).

REMUNERAÇÃO

A principal faixa salarial alcançada pelos profissionais gaúchos é de até seis salários mínimos, equivalente à média nacional. Menos de um quarto dos arquitetos gaúchos declararam receber acima do salário mínimo profissional para jornada de seis horas, considerando o valor do salário mínimo em 2020. Os profissionais autônomos estão majoritariamente representados nas faixas salariais mais baixas. 

ATIVIDADES PROFISSIONAIS E MERCADO

A pesquisa também identificou que 3.299 empresas de arquitetura foram registradas em 2022, o que coloca o estado na segunda posição no país, atrás apenas de São Paulo. Estes registros passaram a aumentar depois de 2017, após a reforma trabalhista. Grande parte das empresas (35%) se cadastraram nos anos de 2021 e 2022. 

A atividade de projeto arquitetônico foi a mais recorrente entre os RRTs emitidos junto ao CAU/RS no período.

JOVENS PROFISSIONAIS

A maior parte dos jovens arquitetos e urbanistas é mulher, tem idade média de 28 anos, residente na região de Porto Alegre, com registro ativo no CAU/RS e responsáveis por aproximadamente 20% da quantidade de RRTs emitidas em 2022.

A partir dos resultados do questionário, a pesquisa apontou que 80% dos jovens profissionais declararam rápida inserção no mercado de trabalho após a obtenção do diploma e como profissional autônomo (70%). A baixa remuneração foi apontada como principal dificuldade para começar a vida profissional. 64% dos jovens arquitetos e urbanistas informaram receber até três salários mínimos. A prática por meio de estágio foi apontada como principal fator que facilita o início da atuação profissional por 34% dos entrevistados.

GÊNERO

As mulheres são 54% em 267 municípios gaúchos e formam a totalidade dos profissionais ativismo em 27% das cidades. Elas também são maioria entre as diplomadas em todos os anos do período pesquisado, variando entre 68% e 74%. 

RAÇA E COR

Como o SICCAU não dispunha de campos para acolher as informações de raça e cor no período, observam os pesquisadores, não foi possível aprofundar esta dimensão do estudo. Entre os diplomados em 2022, há predominância de autodeclarados brancos (84%) e menor representatividade dos autodeclarados pardos, pretos, amarelos e indígenas (7%). Já entre os que responderam ao questionário, 52% dos profissionais pretos, pardos e amarelos e 43% dos autodeclarados brancos afirmaram ter presenciado discriminação por imagem no ambiente de trabalho.

 

 

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