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Rumos regiões Serra e Vales: confira o resumo de Lajeado

Cidade do Vale do Taquari foi a primeira parada da rodada final de encontros do Rumos da Arquitetura e Urbanismo.
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Localizada na região do Vale do Taquari, Lajeado foi a primeira parada do Rumos da Arquitetura e Urbanismo – regiões Serra e Vales. Ao contrário de muitos municípios gaúchos que têm no agronegócio sua principal fonte de renda, Lajeado encontra na indústria e no Ensino Superior o abastecimento para os quase 100 mil habitantes.

Desde o início, o Rumos da Arquitetura tem aberto a programação pelas cidades que passou com a Caminhada do Patrimônio. Em Lajeado, o ponto de encontro foi a Casa de Cultura. Após a palestra inicial, o público participou do roteiro guiado que inclui pontos importantes do município como as antigas Rodoviária e Biblioteca Pública, o Colégio Madre Bárbara, a Praça Gaspar Silveira Martins, a Casa Born e a Igreja Santo Inácio e Loyola.

À noite, estudantes e profissionais de Arquitetura e Urbanismo reuniram-se no auditório do Prédio 11 da Universidade do Vale do Taquari (Univates), para a palestra especial, que teve como convidado o arquiteto e urbanista Guilherme Nogueira, um dos sócios da OCA – Oficina Conceito Arquitetura.

Mediado pelos conselheiros Rodrigo Spinelli e Carline Carazzo, Guilherme resgatou sua trajetória profissional, quando saiu de Lajeado – onde tem família até hoje – para cursar Arquitetura e Urbanismo na UFRGS. Ele brincou sobre a contemporaneidade entre sua formação e a existência do curso de Arquitetura e Urbanismo na Univates: cerca de 20 anos. “Arquitetura é uma profissão de persistência”, disse. “Tem um tempo de curagem, de amadurecimento, e demora um bom tempo para conseguirmos documentar a arquitetura construída.”

Com sede no Bom Fim, em Porto Alegre, o escritório da OCA conta com três sócios, quatro arquitetas gerentes e mais uma equipe de estagiários, totalizando 15 pessoas. Atualmente, 20 projetos estão em andamento, mas Guilherme lembrou os desafios do começo. “Pensamos que depois de entrar no mercado será mais rápido, mas não é bem assim. E é difícil fazer uma arquitetura autoral no Brasil, mas ao mesmo tempo o cenário atualmente é bem mais promissor do que de 20 anos atrás”, afirmou.

Orgulhoso da trajetória profissional e dos colegas com quem trabalha, Guilherme apresentou alguns projetos icônicos da OCA, como a Esquina Chartier, o Sodré 272, a Casa América e o Lo-Fi Offices. “Exercer uma boa arquitetura nem sempre é fácil, mas é sempre muito apaixonante.”

Arquitetura autoral

Uma arquitetura perene, não convencional. Ao tentar explicar o que quer dizer com o termo “arquitetura autoral”, Guilherme usou outras áreas de atuação que também fazem uso da expressão, como a gastronomia e o design. “A palavra autoral vai trabalhar com o melhor que aquele profissional tem a entregar para o cliente dele. Nada mais é do que a boa arquitetura”, enfatizou. Ao exemplificar com cidades como Punta del Este, no Uruguai, e Buenos Aires, na Argentina, o palestrante revelou otimismo com crescente interesse de investidores numa cultura arquitetônica mais forte no Brasil. 

Antes de encerrar, o sócio da OCA destacou a importância do ensino de qualidade e de continuar próximo ao universo acadêmico, “se não ficamos enferrujados”. Por fim, Guilherme lembrou sobre a necessidade de se transmitir mais a cultura arquitetônica, tal qual é feito na música, na gastronomia, de modo que mais pessoas entendam a história das cidades, a maneira como vivemos atualmente e as histórias que os diferentes territórios carregam. A noite encerrou com perguntas do público ao convidado. 

O dia seguinte contemplou as oficinas de Software Livre, Gestão de Projetos e Estruturas para Arquitetos, com os arquitetos e urbanistas Allan Brito, Géssica Somavilla e Estevan Barin, respectivamente. As atividades foram realizadas no Prédio 02 da Univates.

Confira a galeria de fotos

Fotos: Isaías Carvalho/ALLMAKER

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