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O Fórum Jovens Arquitetos Latino-Americanos – FJAL – foi uma ideia que começou em junho de 2010, quando, em uma iniciativa independente, um grupo de jovens arquitetos de Fortaleza decidiu trazer para o debate a nova produção arquitetônica da América Latina. Tendo como princípios básicos os recortes de idade e lugar e a escolha de arquitetos que estivessem atuando com um forte embasamento teórico – aliando, portanto, teoria e prática arquitetônicas – o fórum buscou aproximar ao máximo as experiências apresentadas com a nossa realidade da prática cotidiana, a fim de incentivar e motivar novas formas de encarar os problemas e buscar melhores soluções para as nossas cidades.
Em sua primeira edição, o FJAL tratou do tema ‘Inserções numa realidade periférica’, focando justamente nessas novas práticas arquitetônicas, nas dificuldades em meio às condições de escassez e complexas situações sócio-econômicas dos países, e em como, em meio a tudo isso, alguns arquitetos conseguem se inserir e atuar com grande qualidade, transformando todas as limitações em filtro para o supérfluo e estímulo para a criatividade. Já na segunda edição, o tema trabalhado foi ‘(Des)construindo fronteiras’ onde a palavra fronteiras adquiriu significados e abrangências múltiplas, assim como ocorreu na primeira edição do fórum com a palavra inserções. Abordamos as fronteiras da atuação, dos arquitetos, e até mesmo da própria disciplina. Na ocasião da segunda edição, lançamos, ainda, um livro sobre o FJAL 2011, com artigos de arquitetos e críticos, além de textos dos próprios palestrantes.
Em 2015 ocorrerá a terceira edição do FJAL. Seguindo basicamente os mesmos princípios e formato já citados anteriormente, o evento explorará agora o tema ‘Do edifício ao território’. Hoje não é mais possível falar sobre arquitetura restringindo-se apenas aos edifícios. As relações que estes estabelecem e as interações e usos que podem gerar ou potencializar na paisagem e no território tornam-se protagonistas no debate sobre a produção arquitetônica no século XXI. A crescente conscientização da sociedade sobre as questões urbanas reforça esta postura, e nós, enquanto profissionais que atuam diretamente nas cidades, não podemos ficar alheios a esta discussão. Nesse contexto, a relação da arquitetura com o território torna-se fundamental e é este o campo de exploração da terceira edição do Fórum Jovens Arquitetos Latino-americanos – FJAL.
O território, apesar de ser um conceito há muito discutido na Geografia, atualmente possui várias abordagens e interrelações. Sua expressão e definição pode se dar através de relações naturais ou biológicas, culturais, políticas, sociais, econômicas, militares, entre outras. Os territórios podem, inclusive, possuir um caráter cíclico, variando com o tempo, e móvel, deslocando-se nos mais distintos espaços, e que se organiza a partir de redes que se interligam pelo fluxo de informações ou contatos.
A ideia do tema do 3º FJAL é, portanto, explorar o papel da arquitetura em tais relações, como esta pode influenciar e ser influenciada em tais processos. Com o crescente aumento da população urbana, muitas vezes tais questões territoriais se confundem com as problemáticas urbanas. A crescente conscientização da sociedade sobre tais questões reforça esta postura, e nós, enquanto profissionais que atuam diretamente nas cidades, não podemos ficar alheios a esta discussão. A idéia do 3º FJAL é, portanto, através do trabalho dos arquitetos convidados, levantar este debate durante os três dias do evento.
Mais informações na página do evento: http://www.fjal.com.br/