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Arquitetos artistas: contribuições para a ocupação e melhoria do espaço urbano

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A 16ª edição do Uma Tarde no CAU/RS transmitido pela Rádio Arquitetura contou com a presença dos arquitetos e urbanistas Edgar do Valle (aquarelista), Karen Axelrud (artista plástica), Marcia Braga (artista plástica) e Vinicius Vieira (escultor).

16ª edição do Uma Tarde no CAU/RS.

O programa abordou as proximidades e os distanciamentos entre Arte e Arquitetura com profissionais que atuam nas duas áreas. Edgar do Valle comentou sobre sua formação como arquiteto e urbanista e o entendimento do projeto arquitetônico e o resultado da obra também como um processo artístico. Destacou que sua relação com a arte surgiu da necessidade de fazer algo diferente. Começou, então, um curso onde se especializou em aquarela. Hoje, investe também na arte digital, com suportes tecnológicos além da tela para esboçar suas ideias.

Edgar do Valle formou-se em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em 1959. Realizou cursos nos Estados Unidos – Texas University (1963), Illinois Institute of Technology (1963/1965) e University of Michigan ANN (1968) – e atividades docentes na UFRGS e na PUCRS em 1967. No seu portfólio de projetos e obras em Porto Alegre, então os edifícios Presidente Kennedy, Centro Empresarial Mostardeiro, 1009 da Félix, Érico Veríssimo e Castelo de Heidelberg.

Aquarela de Edgar do Valle.
Aquarela de Edgar do Valle.

Karen Axelrud destacou que a arte tem um objetivo na sua vida. Ela lhe permite leituras, viagens de estudo e visita a exposições, além da produção. “Eu sinto falta da experimentação e da liberdade na arquitetura e urbanismo. A gente se permite algumas coisas “sem função” na arte que na arquitetura é muito mais complexo”, comentou.

Karen é arquiteta e urbanista formada pela UFRGS com pós-graduação em Pintura, Desenho e Instalação pela Universidade FEEVALE. De 19 de maio a 3 de julho de 2016, as Salas Negras do Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS) em Porto Alegre receberam a exposição “Matriz”, que reuniu 32 gravuras em metal produzidas por Karen entre 2014 e 2015.

https://www.youtube.com/watch?v=QE5qUZ0_wP4

Marcia Braga, por sua vez, destacou os três turnos de trabalho, pois considera a arte um processo contínuo de criação. “Estou sempre com meu bloquinho. Desenho e projeto tudo antes de começar a produzir. Acho que este é um ponto onde a arquitetura interfere na minha criação”, comentou. Marcia tem seu ateliê no centro cultural Vila Flores, que visa integrar Arquitetura, Associação Cultural e Economia Criativa. Ela faz parte da equipe multidisciplinar do espaço, atuando na frente Cultural, responsável pela programação de atividades culturais, pedagógicas e de entretenimento. O Vila Flores, inclusive, é o representante gaúcho na Bienal de Arquitetura de Veneza em 2016.

Além de seu envolvimento com a cerâmica, Marcia Braga – que em 2014 também recebeu o Prêmio de Incentivo à Criatividade no 20º Salão de Artes Plásticas da Câmara de Vereadores de Porto Alegre – é integrante do Bando do Barro e idealizadora e ativadora do Projeto Vizinhança e do Café na Calçada. Formada em Arquitetura e Urbanismo pela UniRitter, Marcia também tem formação em Artes Plásticas pela UFRGS.

Centro cultural Vila Flores em Porto Alegre, representante gaúcho da Bienal de Arquitetura de Veneza.
Centro cultural Vila Flores em Porto Alegre, representante gaúcho da Bienal de Arquitetura de Veneza.

Vinicius Vieira, vice-presidente do IAB RS e presidente da Associação dos Escultores do Rio Grande do Sul, trouxe para o debate a lei que exige obras de arte em prédios com mais de 2 mil m² em Porto Alegre. Para conseguir o Habite-se (autorização de ocupação), os novos empreendimentos precisam de uma obra de artista registrado no cadastro municipal. A lei já havia sido aprovada em 2006, mas foi regulamentada por decreto apenas em 2011.

“Hoje temos em torno de 20 obras já instaladas na cidade, de 20 novas edificações. Apesar de ter sido uma luta da Associação dos Escultores, ela também possibilita que sejam colocadas obras bidimensionais, desde que estejam com visibilidade pública”, destacou Vinicius. Edgar complementou: “A obra valoriza o edifício e aos poucos vai se impondo ao natural, sem exigência de uma lei”.

Projeto Museu de Percurso do Negro, em Porto Alegre, de Vinicius Vieira.
Projeto Museu de Percurso do Negro, em Porto Alegre, de Vinicius Vieira.

Outro tópico bastante destacado pelos convidados foi a ocupação dos espaços públicos enquanto Arte Relacional. Ações efêmeras, construídas coletivamente, que promovem a ocupação de lugares ociosos na cidade com atividades culturais e com o objetivo de aproximar pessoas.

Gostou do tema? Ouça o programa na íntegra!

Ouça | 16ª edição | 29/06/2016

Convidados: Arquitetos e urbanistas Edgar do Valle (aquarelista), Karen Axelrud (artista plástica), Marcia Braga (artista plástica) e Vinícius Vieira (escultor)

Uma Tarde no CAU/RS

  • Quarta-feira, ao vivo, das 15h30 às 17h
  • Transmissão: Rádio Arquitetura, a rádio das mentes criativas
  • WhatsApp: (51) 8211-9741

Uma resposta

  1. Muito interessante ,este ano também resolvi iniciar no campo da pintura ,me matriculei num curso dado por uma artista plástica na minha cidade.
    Arquiteto ALVICIO KLASER CAU A4409-1

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