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No dia 30 de novembro, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio Grande do Sul (CAU/RS) promove a primeira Caminhada do Percurso Negro no Espaço Urbano de Porto Alegre, que será conduzida pela professora e pesquisadora Daniele Vieira, geógrafa especializada no mapeamento de territórios negros da capital, em celebração do Dia da Consciência Negra.
O evento foi idealizado pela Comissão Temporária de Políticas Afirmativas (CTPAF) e Centro de Memória do CAU/RS, e criado com a proposta de estimular o debate sobre os pontos históricos da cultura negra em Porto Alegre. A Caminhada busca reconstruir e ressignificar o imaginário sobre a presença negra na cidade através de uma narrativa de resgate às suas contribuições na área econômica, social, religiosa e cultural da região.
O Percurso e os Símbolos da Resistência Negra
O percurso começa na Praça do Tambor (atualmente Praça Brigadeiro Sampaio), local que abriga o primeiro marco do Museu do Percurso do Negro e símbolo da resistência e memória negra em Porto Alegre. A caminhada segue até a Pegada Africana, na Praça da Alfândega, onde ficava o Largo da Quitanda, passando pelo Mercado Público, que guarda o assentamento do Bará, e encerra-se na Igreja do Rosário, uma construção erguida por trabalhadores negros entre 1817 e 1827.
Conheça a guia
DANIELE VIEIRA
Doutoranda, Mestre e Licenciada em Geografia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). É professora da Prefeitura Municipal de Porto Alegre/RS. Pesquisa a geografia dos antigos territórios negros de Porto Alegre, voltando-se para a geografia histórica e urbana, o negro no espaço urbano e educação para as relações étnico-raciais. Já foi premiada nacionalmente duas vezes por sua Dissertação de Mestrado sobre os antigos Territórios Negros em Porto Alegre/RS.
Mercado Público e Praça Parobé 1923-1930/Fototeca Sioma Breitman – Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo
Dia da Consciência Negra e Feriado Nacional
O Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, teve suas raízes estabelecidas no Rio Grande do Sul. A data foi proposta em 1971 por jovens negros do Grupo Palmares, que buscavam resgatar a memória de resistência de seus antepassados. O dia da morte de Zumbi dos Palmares foi escolhido como símbolo da luta dos negros escravizados por liberdade, destacando o protagonismo negro. Este ano, o 20 de novembro torna-se oficialmente feriado nacional, ampliando o debate sobre questões raciais em todo o Brasil.
A atividade tem duração de aproximadamente 2 horas e contará com intérprete de Libras. As vagas são limitadas, e as inscrições podem ser feitas pelo Sympla. É recomendado que os participantes usem roupas confortáveis e protetor solar para a caminhada. Programe-se!
Programação
Dia: 30/11 – Sábado
Horário: 15h
Duração: 2h
Ponto de encontro: Praça do Tambor (R. dos Andradas, s/n – Centro Histórico)
Encerramento: Igreja do Rosário (R. Vig. José Inácio, 402 – Centro Histórico)
Uma resposta
boa iniciativa….” resgate às suas contribuições na área econômica, social, religiosa e cultural da região”…. seria possivel no futuro estender tambem para as outras etnias?
cultural… me lembrei da conhecida musica Negrinho do Pastoreio… de Barbosa Lessa…