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Escritório de Caxias do Sul conquista terceiro lugar em Concurso Nacional

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O Concurso Nacional de Arquitetura e Paisagismo para Requalificação do Complexo Esportivo, organizado pelo IAB/DF e promovido pelo Consórcio Arena BSB, selecionou propostas de arquitetura e paisagismo para o entorno do estádio Mané Garrinha, em Brasília, compreendendo mais de 80 hectares do complexo esportivo e de lazer. O escritório Salvati Empreendimentos Imobiliários, de Caxias do Sul, conquistou o 3º lugar na competição.

O Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/RS) conversou com a equipe, que entende a participação de concursos como uma grande forma de adquirir crescimento profissional, com o desenvolvimento de equipes e aprendizado que a experiência pode trazer. Confira a entrevista na íntegra:

Como foi o desenvolvimento do projeto e a divisão de trabalho?

Organizamos seminários temáticos a fim de diagnosticar o problema e conhecer melhor o território e, posteriormente, estabelecermos os objetivos e estratégias a serem adotadas no projeto. Dividimos as pesquisas iniciais por temas (como ambiente natural, patrimônio histórico e cultural, mobilidade, etc) em duplas, e o grupo discutiu as estratégias em conjunto. A partir daí, o trabalho pode ser desenvolvido seguindo os objetivos que propusemos no começo.

Qual o diferencial da proposta de vocês?

Estruturamos nossa proposta em quatro camadas a serem resolvidas de forma integrada: estrutura verde, mobilidade, estrutura edificada e pré-existências, além dos aspectos patrimoniais que permeiam todas as camadas, visto que Brasília é uma cidade tombada. Acredito que a principal contribuição do trabalho foi a compatibilização da escala monumental do próprio Eixo Monumental e do estádio nacional, com uma reinterpretação da escala bucólica através de um paisagismo característico do bioma cerrado, mas também na integração deste paisagismo com a arquitetura. Propusemos edifícios que, mais do que objetos, fossem um complemento da paisagem, deixando a evidência merecida ao estádio e à vegetação.

Como vocês avaliam a realização de concursos de arquitetura no Brasil?

Os que há são muito bons, mas há poucos. Considerando a publicidade gratuita que o promotor recebe, acho isso surpreendente. Há muito a ganhar de todos os lados, especialmente no amadurecimento, durante o processo, dos próprios requisitos a serem levados em consideração em um projeto executivo. Isso não ocorre em uma seleção por preço. Há uma discussão muito rica e ampla que é proporcionada por concursos de estudo preliminar. Há que se tornar isso mais corriqueiro e daí menos complicado e concorrido, deveria ser uma forma comum de captação de trabalho para nossos escritórios. Podemos também destacar a excelência do IAB/DF como organizador, que conduziu todo o processo com muita eficiência e tranquilidade.

O que levou a equipe a participar deste concurso?

Sempre que podemos participamos, entendemos como uma forma espetacular de crescimento profissional, desenvolvimento de equipes e aprendizado. Além de ser muito divertido para quem, como nós, é apaixonado por Arquitetura e Urbanismo.

Na visão de vocês, qual a importância de concursos como este?

É enorme. Primeiro, é fundamental para a discussão do que queremos como cidade, e como arquitetura. Segundo o concurso agrega valor, inclusive monetário, ao projeto proposto. Uma vasta tradição de concursos no Brasil e no mundo já provou a qualidade superior dos projetos feitos por essa forma de contratação. E por último, mas não menos importante, dá oportunidade a profissionais de todas as experiências e carreiras a demonstrarem e exercitarem suas competências. Basta lembrar que Brasília foi objeto de concurso, vencido então por Lucio Costa, que não estava à frente de um grande escritório, mas era um grande pensador.

Veja algumas fotos do projeto criado pelo escritório:

Autores: Rodrigo Salvati, Greice Viviana Portal Salvati, Aline Guaresi, Carlos Eduardo Mesquita Pedone, Deivid Antunes de Souza, Larissa Guerra, Renata Citolin.

Colaboradores: Marco Antônio Roxo, Marcos Vinícius Longhi, João Vitor Hartmann, Rodrigo Barbosa Machado.

MAIS SOBRE: Caxias do Sul IAB DF

Uma resposta

  1. Acho uma grande injustiça, para mim foi o projeto mais bem fundamentado e com planejamento das fases de construção, zoneamento perfeito, melhor aproveitamento do espaço com uma boa doze de humanização dos usos!

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