Getting your Trinity Audio player ready...
|
Prédios contemporâneos, clássicos e modernos. Você tem observado a arquitetura a sua volta? Com fotos de condomínios e edifícios, além de um breve histórico de suas construções, o projeto Prédios de Porto Alegre busca sensibilizar a sociedade sobre a arquitetura local, mostrando construções que carregam valor afetivo, que contam histórias e enriquecem a cidade.
Tudo começou em 2015, numa padaria, com uma conversa entre as arquitetas e urbanistas Aline Cherubini e Carolina Leães sobre o projeto Prédios de São Paulo, de Matteo Gavazzi. “E por que não Porto Alegre? ”, pensou Aline. Assim nasceu o Prédios de Porto Alegre. Uma única diferença: catalogar apenas edifícios residenciais, pois “estes passam despercebidos pelos habitantes da cidade”, afirma.
Com a benção de Gavazzi para o projeto gaúcho, Aline e Carolina não perderam tempo e logo foram visitar um edifício emblemático do bairro Moinhos de Vento. Com fotos tiradas do celular iniciaram o projeto que hoje possui página no Facebook e Instagram e que conta com uma equipe de quatro arquitetos e urbanistas com muito a mostrar sobre arquitetura, não só para o público acadêmico, mas para todos os moradores da cidade.
O projeto não possui fins lucrativos e foi feito a partir do amor que a equipe possui pela arquitetura, diz Aline Cherubini. “Eu, particularmente, sempre tive uma ligação muito forte com os prédios da nossa cidade. Quando era criança ia a uma loja de brinquedos, na galeria em frente ao Ed. Linck, e ficava namorando o gradil de suas sacadas”, relembra.
Além dos registros nas redes sociais, o projeto prevê a publicação do livro com fotos e histórias dos prédios. O lançamento deve acontecer no segundo semestre de 2017. Assim como o projeto de São Paulo, Prédios de Porto Alegre busca financiamento coletivo para a publicação do livro, bem como parceiros interessados.
Quem faz o “Prédios de Porto Alegre”
- Aline Cherubini (fundadora do projeto), arquiteta e urbanista formada pela Ritter em 2005.
- Carol Leães (fundadora do projeto), arquiteta e urbanista formada pela Ritter em 2005.
- Paula Motta (fotógrafa do projeto), arquiteta e urbanista também formada pela Ritter. Foi chamada pela Carol para fotografar.
- Arthur Lauxen (fotógrafo do projeto), arquiteto e urbanista formado em 2016 pela UFRGS. Chamado pela Paula para fotografar.
Os prédios favoritos de Aline Cherubini
- Linck
O prédio projetado, em 1952, pelos arquitetos Emil Bered, Roberto Félix Veronese e Salomão Kruchin e construído a pedido da família Linck, na região de sua antiga chácara, enche de charme a pequena rua Frederico Linck que tem acesso pela Ramiro Barcelos e termina em um cul-de-sac.
- Faial
Projetado em 1962 pelo arquiteto Emil Bered, o Edifício Faial está localizado na esquina da Jerônimo Coelho com a Espírito Santo, em frente ao Palácio da Justiça e com vista para a Praça da Matriz. Possui grandes janelas laterais, cobogós azuis e venezianas de madeira da área íntima.
- Rio Grande do Sul
Projetado pelos arquitetos Emil Bered e Salomão Kruchin no ano 1958. O Prédio que se localiza na Rua 24 de Outubro, em frente ao Parque Moinhos de Vento, possui amplas salas de estar voltadas para o Parcão, marcadas pelas esquadrias ritmadas e pelas vigas floreiras, os apartamentos abrem-se para o horizonte livre.
- Floragê
Prédio construído em 1963 pelo arquiteto David Libeskind. Está localizado na rua 24 de Outubro.
4 respostas
A proposta de pesquisa e catalogação de “Prédios de Porto Alegre” é muito interessante. Recomendo que os autores acompanhem o Edital de Patrocínio para Edição de Livros do CAU/RS. Estamos neste 2017 na 2ª Edição. Ano passado foram selecionados e impressos 4 obras de Arquitetos e Urbanistas que foram divulgadas durante a Feira do Livro. Como Conselheiro Titular do CAU/RS integro a Comissão de Ensino e Formação e participo do Conselho Editorial nas duas Edições. Atualmente analisamos 11 obras submetidas nesta 2ª Edição.
fiz varias tentativas de registrar uma denuncia , quando chega na hora de cadastrar, tem um cod. que sempre informa que esta errado, sempre faço corretamente, mas infelizmente não consigo fazer o cadastro da denuncia..
buenas…mas que bela iniciativa, e interessante principalmente por focar prédios residenciais.
parabens.
Gostei Bastante. Acho que devemos publicar mais e fazer trabalhos mais próximos dos “não-Arquitetos”. Tenho uma proposta de livro, e acho que temos vários instrumentos viáveis tanto públicos quanto privados, como Crowfounding e Lei Rouanet(que é mal interpretada por um TERRIVEL erro de acepção de conceito).