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A Arquitetura e Urbanismo desenvolvida por profissionais gaúchos está eternizada no 3º Guia IAB para a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). O propósito do Guia é mostrar como arquitetos e urbanistas têm aceitado o desafio de alcançar as 17 metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) por meio daquilo que fazem melhor: projetar.
O arquiteto e urbanista Eduardo Baptista Lopes, natural de Porto Alegre, é um dos brasileiros que aceitou o desafio de projetar para reverter desigualdades e fortalecer ambientes comunitários. Em 2019, ele foi entrevistado pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/RS) pelo reconhecimento em concursos nacionais. Dois projetos vencedores e outros dois foram selecionados para compor o 3º Guia IAB para a Agenda 2030.
“Sempre utilizo soluções sustentáveis em meus projetos, mas foi a partir do ano de 2019 que comecei a utilizar os ODS como premissa desde a concepção. Dá muita satisfação ver que nossos projetos foram selecionados para um Guia de abrangência nacional, que serve como exemplo para outros escritórios, sobre um assunto tão urgente e importante como o desenvolvimento sustentável do planeta”, celebra.
O arquiteto e urbanista é professor e aplica os objetivos da ONU nos exercícios propostos aos alunos da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), em Santa Catarina. Lá, também coordena o Núcleo de Concursos de Projeto (NCPro) e incentiva a participação em concursos: “Iniciamos esse projeto em 2014 e, de lá para cá, já foram 30 prêmios”.
Conheça os projetos com participação de Eduardo Baptista Lopes distribuídos entre as metas: Educação de qualidade, Energia limpa e acessível e Vida terrestre.
Educação de qualidade: Escola Primária em Hiddi (Etiópia)
Baseado nas premissas da arquitetura bioclimática. Utiliza tecnologia vernacular e de baixo custo. Cria ambientes que potencializam a aprendizagem coletiva, inclusiva e democrática, fortalecendo laços de amizade e comunidade. Suas soluções podem ser replicadas para outras regiões do país, pois a arquitetura da escola incorpora aspectos da cultura etíope.
Energia limpa e acessível: Weefor Arq
Projeto de habitação multifamiliar, em Curitiba (PR), que contempla diversas soluções de sustentabilidade: produção de alimentos orgânicos, acesso à energia limpa e construção de cidades e comunidades sustentáveis. O edifício valoriza os espaços de uso coletivo, o transporte de baixa emissão de CO² aos ressignificar os convencionais espaços de garagem.
Energia limpa e acessível: Sede do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Tocantins (CAU/TO)
O edifício se caracteriza como uma extensão da própria rua, um lugar democrático e inclusivo. Os espaços são articulados no térreo e a amplitude garante flexibilidade e conexão entre as áreas fechadas com as externas. Um átrio iluminado por aberturas zenitais articula o edifício na vertical, conectando por uma passarela os volumes do edifício.
Vida terrestre: Parque da cidade de Belém (PA)
O Parque de Belém (PA) ocupa a área do antigo aeroporto da cidade, criando um espaço público democrático e inclusivo ao restabelecer a conexão dos moradores com a natureza. O parque, que é alagável, abriga equipamentos comunitários, qualifica funções urbanas e recupera a fauna e a flora paraense, fortalecendo as comunidades lindeiras.