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Rios urbanos: reencontro com as águas e com a vocação das cidades

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Foto: Carolina Medina

Grandes cidades brasileiras têm rios em suas paisagens urbanas: São Paulo, Porto Alegre, Vitória, Salvador e Manaus são apenas alguns exemplos. E isso não acontece por acaso, já que os rios são elementos essenciais no processo de formação das cidades devido às múltiplas funções que desempenhavam na subsistência e locomoção humana. Hoje, porém, muitas vezes os rios passam desapercebidos pela população e não são levados em consideração no planejamento urbano das cidades.

Observando o mapa da cidade de São Paulo, podemos ver uma malha urbana repleta de rios e córregos. São cerca de 3 mil quilômetros de águas, muitas delas subterrâneas, tapadas pelo concreto. São raros os casos em que estas correntes de água são incorporadas à paisagem urbana da maior cidade brasileira de forma a favorecer as interações entre as pessoas, e da população com o lugar onde vivem. Infelizmente, trata-se de uma realidade comum. Mas algumas iniciativas de profissionais da Arquitetura e Urbanismo têm trazido este debate a público de forma mais intensa, buscando ações efetivas. É o caso do Coletivo Escafandro – composto pelas jornalistas Stephanie Kim e Iana Chan e pela designer Pamela Bassi – que criou o projeto Rios Invisíveis, um mapeamento colaborativo de rios de São Paulo.

Podemos destacar, também, o Prêmio {CURA}, sigla para Curso de Representação Arquitetônica, que neste ano escolheu a temática Rios Urbanos, com a pergunta “Como as cidades tem tratado seus rios?”. A iniciativa é do Estúdio Módulo, de São Paulo, e premiará três propostas de integração entre um meio urbano e um rio. Os projetos podem ter equipes de até cinco participantes, estudantes ou formados em Arquitetura e Urbanismo. Profissionais e estudantes de outras áreas também podem integrar as equipes, mas o comando de ao menos um arquiteto e urbanista em formação ou formado é obrigatória. Saiba mais em http://www.premiocura.com.br/.

A arquiteta e urbanista Tânia Strohaecker, hoje professora do Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFRGS, é especialista em Planejamento Urbano e Regional e gestão costeira. Ela fala sobre a importância histórica dos rios, e sobre o papel das águas urbanas na constituição de espaços de lazer e cultura e na identidade paisagística das cidades ao redor do mundo e em Porto Alegre. Confira a entrevista exclusiva para o CAU/RS:

Uma resposta

  1. O pior rio é o Camarajipe, em Salvador, é um dos mil rios que mais poluem o oceano atlantico. Leva toneladas de plasticos anualmente.

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