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Após ação movida pelo CAU/RS, Inep suspende reconhecimento de graduação EAD em Arquitetura e Urbanismo.
Garantir o ensino de qualidade na Arquitetura e Urbanismo, prezando a segurança da sociedade como um todo, é uma das pautas prioritárias do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/RS).
Em recente ação movida contra o Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), o Conselho obteve uma importante vitória sobre o avanço de graduações realizadas na modalidade a distância (EAD). Clique aqui para ler a petição inicial.
Após constatar as irregularidades apontadas pelo CAU/RS na ação judicial, o Inep decidiu suspender o processo de Reconhecimento de Curso EAD de Arquitetura e Urbanismo da Anhanguera UNIDERP. Clique aqui para ler a suspensão pelo Inep.
Veja abaixo as irregularidades presentes no curso e listadas pelo Conselho na ação:
- Plano pedagógico do curso em desatendimento às Diretrizes Curriculares Nacionais, consoante Resolução n.º 2/10 do Conselho Nacional de Educação (Câmara de Educação Superior) artigos 3º, IV, 6º, § 5º, III e IV;
- Ausência de oitiva do CAU no processo de reconhecimento do curso em questão;
- Ausência de efetiva comprovação do cumprimento do disposto nos artigos 40, 42 e 46 do Decreto n.º 9.235/17, tais como ausência de supervisão e avaliação do curso, bem como ausência de avaliação externa in loco pela Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior do Ministério da Educação.
“EAD não é modalidade e sim, uma ferramenta. O CAU é favorável à incorporação das ferramentas tecnológicas no ensino, mas é inaceitável a substituição de todas as práticas de ensino por uma única ferramenta. Além disso, o CAU não aceita as decisões unilaterais do MEC a respeito do ensino de Arquitetura e Urbanismo sem a participação do Conselho e das entidades profissionais. Essa decisão unilateral é leiga e ilegítima e não mantém nenhum compromisso com as reais necessidades do ensino e da profissão”, aponta o presidente do CAU/RS, Tiago Holzmann da Silva.
Saiba mais
Em abril deste ano, para defender o ensino de qualidade e assegurar uma profissão abrangente, a serviço de toda a sociedade, o CAU/RS lançou a campanha EAD NÃO, que alerta para os riscos do Ensino a Distância.
O incentivo aos cursos na “modalidade EAD” é um exemplo do desprezo pela qualidade, pois elimina completamente as atividades presenciais, atelier de projeto, laboratórios, bibliotecas, interação entre professores e estudantes, com o único objetivo do barateamento e sob o falso argumento de “democratização”. Em julho, o CAU/RS, junto a outros conselhos profissionais, entregou um documento ao Ministério Público Federal. O texto alerta sobre a inadequação da graduação na modalidade Ensino a Distância sobretudo em profissões de natureza técnica, como é o caso da Arquitetura e Urbanismo. Leia o documento na íntegra.
Conheça mais ações do CAU/RS em defesa do ensino de qualidade.
6 respostas
EAD é modalidade, quer o CAU queira ou não. Espero q as irregularidades sejam sanadas e q os alunos não sejam prejudicados.
A luta por educação de qualidade deve ser de todos nós e é ótimo perceber que o CAU/RS está à frente desta luta na formação de arquitetos e urbanistas.
Não vejo o EAD como “a fonte de todos os males”, mas certamente é fundamental ter métodos e estratégias validadas de ensino que não prejudiquem a formação dos profissionais nas mais diversas áreas.
Diego, o CAU/RS não é contra o ensino à distância como uma ferramenta de ensino, apenas contra a formação em Arquitetura e Urbanismo 100% EAD, aquela sem a experiência de ateliê, laboratório, biblioteca, vivências e trocas em sala de aula – que também formam o profissional, como oferecem algumas faculdades. São situações distintas.
Qual a posiçao em frente ao ensino hibrido, com aulas praticas?
Bom dia, Thaisi! O CAU/RS defende o EAD como ferramenta de ensino, não como modalidade. Nesse sentido, o ensino híbrido, que permite a troca em sala de aula, entre alunos e professores, além de aulas práticas, vão ao encontro do posicionamento defendido pelo Conselho.